35ª Bienal de São Paulo
6 set a 10 dez 2023
Entrada gratuita
A+
A-
35ª Bienal de
São Paulo
6 set a 10 dez
2023
Menu

Gesto: Curso de formação

O curso de formação da equipe de mediação da 35ª Bienal, composta de auxiliares, estagiárias e mediadoras, ocorreu no período de junho a agosto de 2023.

Organizamos sete encruzilhadas1, ciclos de estudos dos projetos de artistas, coletivos e participantes, além do aprofundamento teórico das referências curatoriais, atividades práticas e visitas a espaços culturais. 

Como Leda Maria Martins ensina, as encruzilhadas são um enclave metodológico de cruzamentos, encontros de mais de uma cultura e de mais de uma episteme. Tornar possível o impossível, diante dos trabalhos expostos, das  vivências e dos repertórios presentes, e ativados pelas pessoas mediadoras. 

No curso, contamos com a participação de diversas vozes: abigail Campos Leal, Agência Solano Trindade, Ahlam Shibli, Aline Motta, Allan da Rosa, Anne Lafont, Daniel Lie, Denilson Baniwa, Diane Lima, flo6x8, Geni Núñez, Hélio Menezes, Luana Vitra, Mais Diferenças, Manuel Borja-Villel, Nêgo Bispo, Philip Rizk e Tadáskía.

Nós nos encontramos em ações on-line e presenciais, caminhamos por um Pavilhão em transformação. Assumimos a circularidade na mediação. “É assim em tudo o que se faz na circularidade, porque o saber é circular. E se o saber é circular, ele vai passando de pessoa em pessoa, ou vai seguindo a partir de cada pessoa”, como afirmou Nêgo Bispo. Durante o curso, alteramos algumas encruzilhadas e, com a exposição aberta, refletimos sobre e amadurecemos aquilo que até então estava despercebido ou pouco aparente, o que somente com a vivência diária no espaço expositivo emergiu. 

Bibliografia completa e registros das participações convidadas do curso de formação da equipe de mediação podem ser acessados na seção movimentos do site da 35ª Bienal.

encruzilhada 1

Retomar as histórias das Bienais de São Paulo, do Pavilhão Ciccillo Matarazzo e do Parque Ibirapuera, e apresentar o projeto da 35ª Bienal

estudo de artistas participantes

Denilson Baniwa, Edgar Calel, Gabriel Gentil Tukano, Inaicyra Falcão, Nontsikelelo Mutiti, Pauline Boudry / Renate Lorenz, Rommulo Vieira Conceição e Simone Leigh

referências teóricas

Aqui, numa coreografia de retornos, dançar é inscrever no tempo: publicação educativa da 35ª Bienal de São Paulo: coreografias do impossível. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2023. Naine Terena de Jesus, Fernanda Pitta e Regina Teixeira Barros

participações convidadas e +

coletivo curatorial da 35ª Bienal

 

encruzilhada 2

Discutir noções de museu, objeto e memória, considerando a violência constitutiva dos arquivos e as im/possibilidades das narrativas

estudo de artistas participantes

Ahlam Shibli, Aline Motta, Castiel Vitorino Brasileiro, Daniel Lie, Denise Ferreira da Silva, Edgar Calel, Emanoel Araujo, Frente 3 de Fevereiro, Guadalupe Maravilla, Marilyn Boror Bor, Rosana Paulino, Santu Mofokeng, Sauna Lésbica, Sidney Amaral e stanley brouwn

referências teóricas

Bruno Pinheiro, Denise Ferreira da Silva e Valentina Desideri, Françoise Vergès e Saidiya Hartman

participações convidadas e +

Aline Motta e abigail Campos Leal

+ indicação de visitas às exposições: Favela raiz, Museu das Favelas; Retratistas do morro, Sesc Pinheiros; Mulher esqueleto, de Lidia Lisbôa, Sesc Pompeia; Terra de gigantes, Sesc Guarulhos; Escola Panapaná, de Denilson Baniwa, Pina Luz; XINGU: presente!, Biblioteca Parque Villa-Lobos; Museu Afro Brasil Emanoel Araujo; Tempos fraturados, MAC-USP

 

encruzilhada 3

Discussão sobre alteridade e linguagens artísticas

estudo de artistas participantes

Ayrson Heráclito e Tiganá Santana, Bouchra Ouizguen, Carmézia Emiliano, Davi Pontes e Wallace Ferreira, Geraldine Javier, Leilah Weinraub, MAHKU, Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed, Rosa Gauditano, Stella do Patrocínio, Tejal Shah e Trinh T. Minh-ha

referências teóricas

Édouard Glissant, Leda Maria Martins, Muniz Sodré, Sandra Benites e Trinh T. Minh-ha

participações convidadas e +

Nêgo Bispo

 

encruzilhada 4

Apresentação do conceito de pensamento composicional negro, a partir de Torkwase Dyson, e reflexão sobre construções políticas de espacialidade

estudo de artistas participantes

Ana Pi e Taata Kwa Nkisi Mutá Imê, Deborah Anzinger, Ellen Gallagher, Ibrahim Mahama, Julien Creuzet, Luana Vitra, Marlon Riggs e Quilombo Cafundó

referências teóricas

Nêgo Bispo, Malcon Ferdinand e Torkwase Dyson

participações convidadas e +

+ visita à Agência Solano Trindade

 

encruzilhada 5

Discussão sobre educação e instituições, partindo de suas impossibilidades e possibilidades

estudo de artistas participantes

Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda., Archivo de la Memoria Trans, Arthur Bispo do Rosário, Aurora Cursino dos Santos, Ceija Stojka, Denilson Baniwa, Juan van der Hamen y

León, Judith Scott, Kapwani Kiwanga, Ricardo Aleixo, Tadáskía, Xica Manicongo e Zumví Arquivo Afro Fotográfico

referências teóricas

Carmen Mörsch, Geni Núñez, Sonora Reyes e Sueli Carneiro

participações convidadas e +

Mais Diferenças, Allan da Rosa e Denilson Baniwa

 

encruzilhada 6

Discussão sobre as políticas do movimento, circulação de pessoas, objetos e ideias presentes na arte contemporânea

estudo de artistas participantes

Amos Gitaï, Anna Boghiguian, Cozinha Ocupação 9 de Julho – MSTC, Philip Rizk, Sarah Maldoror, Senga Nengudi e Wifredo Lam

referências teóricas

Anne Lafont e Hagar Kotef

participações convidadas e +

Anne Lafont, Geni Núñez, Luana Vitra, Tadáskía

 

encruzilhada 7

Criação de coreografias de mediação, retomadas de conceitos e percursos no Pavilhão da Bienal.

estudo de artistas participantes

Benvenuto Chavajay, Charles White, flo6x8, Raquel Lima, Sonia Gomes, Ubirajara Ferreira Braga, Ventura Profana e Will Rawls

referências teóricas

Saidiya Hartman

participações convidadas e +

Ahlam Shibli, Daniel Lie, flo6x8 e Philip Rizk

 

Bibliografia completa e registros das participações convidadas do curso de formação da equipe de mediação

 

Referências encruzilhada 1

Regina Teixeira Barros, “Arte no parque: um projeto que não vingou”, in: Bienal de São Paulo: desde 1951. Organização: Paulo Miyada, São Paulo, Bienal, 2022, pp. 58-69.

Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, Quais movimentos compõem as coreografias do impossível?”, in: Aqui, numa coreografia de retornos, dançar é inscrever no tempo. São Paulo, Bienal, 2023, pp. 28-31.

Equipe de Educação, “Correspondência entre vozes, uma carta para abrir conversas”, in: Aqui, numa coreografia de retornos, dançar é inscrever no tempo. São Paulo, Bienal, 2023, pp. 14-25. 

Podcast Bienal, 70 anosEpisódios: Anos 50 – Anos 60 – Anos 70 – Anos 80 – Anos 90 – De 2000 a 2009; 

Plataforma de educação da 35ª Bienal de São Paulo, Movimentos. Disponível em: 35ª Bienal de São Paulo – Movimentos

Naine Terena, Fernanda Pitta, “Retomando narrativas: a Mostra do Redescobrimento e o protagonismo indígena”, in Bienal de São Paulo: desde 1951. Organização: Paulo Miyada, São Paulo, Bienal, 2022, pp. 267-276.

35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível. Disponível em 35ª Bienal de São Paulo

Textos e conteúdos complementares

Clarissa Diniz, “Questionar para reafirmar – reflexões sobre o “rolezinho” curatorial e político da 33ª Bienal de São Paulo”, in MODOS: Revista de História da Arte. Campinas, v. 3, n.1, pp.250-265, jan. 2019.

Simon Sheik, “Sobre a produção de públicos ou arte e política em um mundo fragmentado”, in Educação para a arte/Arte para a educação. Porto Alegre: Fundação Bienal do Mercosul, 2019. p.74

Podcast Bienal, 70 anos Episódios: De 2010 a 2019; 2021: sino histórico, octógono e arte indígena na 34ª; Episódio Bônus: Veneza, expansão regional, arquivo histórico; e  Episódio Bônus: “Já teve roubo na mostra?” Bienal responde a esta e outras perguntas.

Coletivo Curatorial 35ª Bienal, “Conheça o projeto curatorial da 35ª Bienal de São Paulo

Vídeo: coreografias do impossível: principais conceitos e movimentos da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível

Diane Lima, Tempo Negro: abstração e racialidade na arte contemporânea brasileira. Estudos decoloniais MAC USP, Painel curatorial, 2022.

 

Referências encruzilhada 2

Françoise Vergès, “O museu sem objetos”, in: Aqui, numa coreografia de retornos, dançar é inscrever no tempo. São Paulo, Bienal, 2023. pp. 40-47.

Bruno Pinheiro, “Que a arte possa vencer como fez o samba: Heitor dos Prazeres na 1ª Bienal de São Paulo”, in: Bienal de São Paulo: desde 1951. Organização: Paulo Miyada, São Paulo, Bienal, 2022, pp. 37-46.

Saidiya Hartman, “Uma nota sobre o método”, in: Vidas rebeldes, belos experimentos: histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais. Tradução: Floresta, São Paulo, Fósforo, 2022, pp.  11-19.

Denise Ferreira da Silva, Valentina Desideri, “Leituras (Po)éticas”, in: Cadernos de Subjetividade n. 19: Da afasia aos gritos. PUC-SP, 2016, pp. 61-70

Textos e conteúdos complementares

Manuel Borja-Villel, “El museo interpelado”, in: Objetos relacionales. Colección MACBA 2002-2007. Barcelona: MACBA, 2010, pp. 19-39.

Saidiya Hartman, “Um atlas da rebeldia”, in: Vidas rebeldes, belos experimentos: histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais. Tradução: Floresta, São Paulo, Fósforo, 2022, pp. 99-138.

Achille Mbembe, “The Archives and the Political Imaginary”, in: Refiguring the Archive. Kluwer Academic Publishers, 2002, pp. 19-29.

PÓS-FLIP 2022: Saidiya Hartman conversa com Diane Lima, disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=fmLSdFeYdW4>  

 

Referências encruzilhada 3

Sandra Benites, “Nhe’ẽ para os guarani (nhandewa e mbya)”, in: Aqui, numa coreografia de retornos, dançar é inscrever no tempo. São Paulo, Bienal, 2023, pp. 48-53.

Trinh t. Minh-ha, “De fora para dentro, de dentro para fora”, in: Meu modo de pensar é um pensar coletivo / antes de estar em mim já esteve nelas. São Paulo, Bienal, 2023, pp. 58-71.

Leda Maria Martins, “Performances da oralitura: corpo, lugar de memória”, in: Letras nº 26 – Língua e Literatura: Limites e Fronteiras. Santa Maria, 2003, pp. 63–81.

Leda Maria Martins,  “No corpo o tempo bailarina”, in: Performances do tempo espiralar: poéticas do corpo-tela. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021, pp. 127-137

Textos e conteúdos complementares

Cida Bento e Daniel Munduruku, “Nenhum Saber para trás”, disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=Nwexf2nbYTU>  

Diane Lima, “O que a arte moderna deve a Stella do Patrocínio”, in Quatro Cinco Um: a revista dos livros, 2021.

Francisco Alambert, “Sobre uma fotografia”, in: Bienal de São Paulo: desde 1951. Organização: Paulo Miyada, São Paulo, Bienal, 2022,  pp. 48-57.

Hanna Limulja, “O desejo dos outros: Uma etnografia dos sonhos yanomami”. São Paulo: Ubu Editora, 2022.

Davi Kopenawa, Bruce Albert, “A queda do céu. Palavras de um xamã Yanomami”. Tradução: Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

 

Referências encruzilhada 4

Torkwase Dyson, “Interioridade negra: notas sobre arquitetura, infraestrutura, justiça social e desenho abstratos”, in: Aqui, numa coreografia de retornos, dançar é inscrever no tempo. São Paulo, Bienal, 2023, pp. 64-73. 

Billy Malachias, Vanderli Cardoso, “Globalização e fragmentação”, disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=7E1npVFukQw>

Billy Malachias, “Intérpretes Negras (os) do Brasil: Milton Santos”, disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=YckaOdLD99>

Miwon Kwon. “Um lugar após o outro: anotações sobre site-specificity”, in: Arte & Ensaios n. 17, PPGAV-EBA-UFRJ, 2008, pp. 166-187.

Roberto Moura, “Tia ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro”. São Paulo: Todavia, 2022, pp. 65-109 e pp 175-212.

Antônio Bispo dos Santos, “Colonização, quilombos: modos e significados”. Brasília: UNB, 2015. 

Documentário curta, “Pequena África”, direção: Zózimo Bulbul, 2002.

Textos e conteúdos complementares

Malcom Ferdinand, “Uma ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho”. São Paulo: UBU, 2022.

Ana Claudia Sanches Baptista, Izabela Penha de Oliveira Santos,O Racismo ambiental na metrópole paulistana: entre os becos e vielas de São Paulo”, in: Revista da ABPN, v. 14, n. Ed. Especial, Junho 2022, pp. 141-159.

Ana Sanches, “Como a política influencia o meio ambiente”, disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=qHOG1WXyqkw>

 

Referências encruzilhada 5

Allan da Rosa, “Teoria Suada e Práticas Engenhadas: Pedagoginga.”, in: Pedagoginga, autonomia e mocambagem. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2013.

NÚÑEZ, Geni. “Desviar para se encontrar: reflexões a partir do livro The Lesbiana’s Guide to Catholic School”, in: Meu modo de pensar é um pensar coletivo / antes de estar em mim já esteve nelas. São Paulo, Bienal, 2023, pp. 38-47.

Lula Wanderley, “Incomuns somos todos”, in: Bienal de São Paulo: desde 1951. Organização: Paulo Miyada, São Paulo, Bienal, 2022,  pp. 191-201.

Textos e conteúdos complementares

Luiz Rufino. “Pedagogia das encruzilhadas”. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.

Sueli Carneiro, “A Construção do outro como não-ser fundamento do ser” Tese de doutorado. Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

Carmen Mörsch.  “Trabalhar na contradição”, in: Mediação Artística. Revista Humboldt 104, Goethe-Institut e. V.Humboldt Redaktion, Dezembro 2011.

Renato Nogueira, “O conceito de drible e o drible do conceito: analogias entre a história do negro no futebol brasileiro e do epistemicídio na filosofia”, in: Z Cultural – Revista do Programa Avançado de Cultura Contemporânea. Rio de Janeiro, n 2, ano VIII.

Inaicyra Falcão, “Percursos da arte na educação”, Ação educativa,  disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=qMkrXhSXELU>

Jerá Guarani, “Culturas indígenas”, Itaú cultural, disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=1Tx1pfDuPg8>

 

Referências encruzilhada 6

Anne Lafont. “Uma Africana no Louvre”. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2022.

Hagar Kotef. Breve introdução ao movimento e ordenamento da liberdade”, in: 35ª Bienal – Catálogo. São Paulo, Bienal, 2023, pp. 42-51.

Textos e conteúdos complementares:

André Lepecki, “Coreopolítica e coreopolícia”. Ilha: Revista de Antropologia, Santa Catarina, v. 13, n. 1, 2012, pp. 41-60.

Juliana Borges, “Encarceramento em massa”. São Paulo: Sueli Carneiro, Pólen Livros, 2019.  

 

Referências encruzilhada 7

Saidiya Hartman, “A beleza do coro”, in: Vidas rebeldes, belos experimentos: histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais. Tradução: Floresta, São Paulo, Fósforo, 2022, pp. 313-361.

Textos e conteúdos complementares

Ayrson Heráclito em Podcast: Amplitudes. Episódio: Como romper as fronteiras entre a arte e o sagrado?

Tiganá Santana em Podcast:  Filosofia Pop. Episódio: #082 – Bunseki Fu-Kiau.