Leitura Fácil
A Fundação é uma instituição privada sem fins lucrativos.
Ela é responsável por organizar a Bienal de São Paulo.
A Bienal é uma exposição de arte que acontece a cada dois anos.
A Fundação Bienal desenvolve vários projetos.
A Bienal conta com uma equipe permanente que trabalha para garantir a qualidade dos projetos em todas as suas etapas.
A Fundação Bienal também é responsável por representar o Brasil na Bienal de Arte e de Arquitetura de Veneza.
A Fundação também organiza exposições com obras da Bienal em outras cidades do Brasil e em outros países.
A Fundação tem um arquivo histórico sobre arte moderna e contemporânea, que é referência na América Latina.
Os arquivos guardam e organizam livros, coleções, fotografias, artigos de jornais, vídeos, ou qualquer outro documento.
O nome do arquivo é Arquivo Histórico Wanda Svevo.
A Bienal é uma exposição de arte que acontece a cada dois anos na cidade de São Paulo.
A primeira Bienal aconteceu em 1951.
A Bienal existe há mais de 70 anos.
Em 2023, acontece a 35ª Bienal de São Paulo.
A Bienal de São Paulo é uma das maiores exposições de arte do mundo.
A 34ª Bienal, que aconteceu em 2021, recebeu mais de 700 mil visitantes.
A Bienal é uma exposição de arte contemporânea.
A arte contemporânea é a arte do nosso tempo, quer dizer, a arte realizada nos últimos 60 anos.
Os objetivos da Bienal são:
– Incentivar a criação artística;
– Promover o debate entre a sociedade;
– Democratizar o acesso à cultura.
Os projetos educativos são muito importantes para a Bienal.
A equipe de educação da Bienal desenvolve:
– Visitas mediadas às exposições;
– Formações de professores;
– Publicações para educadores;
– Cursos presenciais e à distância;
– Palestras e seminários.
A Bienal também fomenta a criação artística e a democratização do acesso à arte.
Ciccillo Matarazzo criou a Fundação Bienal de São Paulo em 1962.
Ele nasceu em São Paulo em 1898 e morreu em 1977.
Ciccillo foi um empresário.
Ele teve grande envolvimento na cultura.
Participou de projetos muito importantes, como o Teatro Brasileiro da Comédia, a Companhia de Cinema Vera Cruz, a Cinemateca Brasileira e o Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM.
O nome do Pavilhão da Bienal é Ciccillo Matarazzo.
Este nome foi escolhido para homenagear Ciccillo Matarazzo, que criou a Bienal.
A Bienal é realizada no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, que fica no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
O prédio da Bienal foi inaugurado em 1954, nas comemorações dos 400 anos da cidade de São Paulo.
O prédio da Bienal de São Paulo foi projetado por Oscar Niemeyer.
Oscar Niemeyer foi um arquiteto brasileiro muito importante e reconhecido em todo o mundo.
Ele projetou a cidade de Brasília.
O Pavilhão da Bienal é um prédio protegido pelo patrimônio histórico.
A primeira Bienal que aconteceu no Pavilhão Ciccillo Matarazzo foi em 1957.
Foi a 4ª Bienal. Veja o cartaz da 4ª Bienal.
O prédio da Bienal é reconhecido como um marco na história da arquitetura moderna brasileira.
Ele é enorme e tem três andares.
O prédio da Bienal tem 40 mil metros de área.
Tem 250 metros de comprimento e 50 metros de largura.
A 35ª Bienal de São Paulo acontece em 2023.
Ela começa no dia 6 de setembro e vai até 10 de dezembro de 2023.
Em cada Bienal é escolhido um curador ou um grupo de curadores.
Os curadores definem um título diferente para cada Bienal.
Eles são responsáveis por escolher os artistas, os grupos e as obras de arte que vão participar da Bienal.
A 35ª Bienal de São Paulo se chama coreografias do impossível.
A 35ª Bienal traz práticas artísticas de diferentes partes do mundo.
A 35ª Bienal de São Paulo conta com quatro curadores.
A equipe de curadores da 35ª Bienal apresentou uma proposta interessante, que desperta a curiosidade.
Esta proposta quer provocar os visitantes da Bienal.
Os curadores têm experiências diferentes e que se complementam.
O grupo de curadores trabalha junto, de maneira horizontal.
Todos os curadores têm a mesma importância.
Mora entre Salvador e São Paulo, no Brasil.
É curadora, escritora e pesquisadora.
É mestra em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP.
Integra o comitê curatorial do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP).
Foi uma das curadoras da exposição Frestas – 3ª Trienal de Artes do Sesc SP e do Festival Internacional da Imagem do Valongo, em Santos, SP.
Mora em Berlim, na Alemanha, mas nasceu em Lisboa, Portugal.
É artista, escritora e teórica.
Doutora em Filosofia pela Universidade Livre de Berlim.
Grada deu aula em universidades de vários países.
Suas obras questionam o conhecimento, a memória, o poder e a violência.
Seus trabalhos foram exibidos na 10ª Bienal de Berlim, Documenta 14 e 32ª Bienal de São Paulo.
Grada trabalha com performance, textos, vídeo e instalação.
Performance é um tipo de arte em que o artista usa seu corpo ou o de outros para passar uma mensagem.
Mora em São Paulo, no Brasil.
É antropólogo formado pela USP.
É crítico de arte e pesquisador.
Foi curador de arte contemporânea e de literatura do Centro Cultural São Paulo.
Alguns de seus trabalhos mais recentes são as exposições Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os brasileiros, no IMS, e Histórias Afro-Atlânticas, no MASP e no Instituto Tomie Ohtake.
Mora em Madri, na Espanha.
Trabalha com História da Arte.
De 2008 a 2023, foi diretor do Museu Reina Sofía, em Madri.
O Reina Sofía é um museu muito importante.
Manuel também dirigiu a Fundação Antoni Tàpies e o Museu de Arte Contemporânea, que ficam em Barcelona, na Espanha.
Escreveu vários livros sobre arte.
Vamos tentar explicar, de uma forma simples, alguns princípios da 35ª Bienal.
Convidamos você a imaginar e ler este texto como se estivesse dançando.
Neste texto, vamos fazer algumas perguntas para você refletir.
As perguntas não precisam de resposta.
Imagine que você está ensaiando uma coreografia!
No início, essa dança pode ser difícil.
Você não sabe os passos, se atrapalha com o ritmo.
Ainda não conhece a música.
Parece impossível aprender a coreografia.
Aos poucos, você vai conhecendo melhor a coreografia.
Inventa formas de aprender, para lembrar quando vai fazer um passo ou ficar parado.
Em uma coreografia com um grupo, cada um precisa entender e dançar com o ritmo do outro.
Agora imagine que o mundo é uma coreografia!
Será que o mundo, como está hoje, é para todas as pessoas?
Será que na coreografia do mundo todas as pessoas podem participar?
Será que todas as pessoas podem participar da Bienal?
Muitas pessoas que não têm intimidade com a arte contemporânea podem achar a Bienal difícil.
Queremos afirmar que a arte e a Bienal são para todas as pessoas.
Todos nós podemos sentir, inventar e participar da Bienal.
Todas as pessoas estão convidadas para coreografar na Bienal.
Quanto mais gente participar, mais rica e diversa será a Bienal.
O nosso convite é para que todos participem dessa dança.
Você sabia que em cada Bienal os curadores escolhem um título?
O título da Bienal orienta todas as ações da exposição.
Esse título inspira os curadores a selecionarem os artistas e as obras de arte que estarão na Bienal.
Os curadores também escrevem textos, fazem conversas com o público e com outros profissionais sobre a Bienal.
O título da 35ª Bienal é coreografias do impossível.
Por que será que os curadores escolheram este nome?
O que significa coreografias do impossível?
Sabemos que existem muitos jeitos de dançar.
Os curadores entendem que o trabalho da Bienal é um ensaio.
O trabalho da curadoria também é uma coreografia.
Os curadores querem convidar todas as pessoas para fazer essa coreografia do impossível.
Coreografia é dança, movimento, encontro.
Coreografia é ritmo, tempo, som e silêncio.
Coreografia é pensamento e questionamento.
O que você pensa e imagina quando escuta a expressão coreografias do impossível?
Talvez algumas pessoas achem estranho falar de coreografia em uma exposição de arte.
Podem perguntar:
Como uma exposição de artes visuais escolhe um título com dança e coreografia?
Os curadores nos provocam com a seguinte pergunta:
Como os corpos em movimento podem fazer uma coreografia do possível?
O que significa o impossível?
O que é impossível para você?
Impossível é o que não pode acontecer.
Às vezes, sentimos que algumas coisas parecem impossíveis.
Mas, podemos inventar, fazer de outra maneira para as coisas se tornarem possíveis.
Vamos lembrar de algumas coisas que parecem quase impossíveis.
Como viver em um mundo que não tenha racismo?
Como habitar uma sociedade que não tenha desigualdade?
Como imaginar uma dança para criar um mundo que não tenha injustiças?
Que movimentos podemos inventar para o mundo ser mais igualitário?
A Bienal nos convida a pensar e inventar um mundo possível para todos.
A 35ª Bienal de São Paulo quer construir múltiplas possibilidades de fazer essas coreografias do impossível.
O título da Bienal é um convite para imaginar o desconhecido.
É uma provocação para pensar sobre as impossibilidades e as possibilidades.
Os curadores usam a palavra coreografia para desenhar movimentos que atravessam o tempo e o espaço.
A Bienal quer criar novas formas, imagens e possibilidades de pensar o mundo.
Os curadores usam a palavra impossível de vários jeitos.
Os curadores nos provocam a pensar nas impossibilidades do mundo atual.
O impossível também significa as violências que os grupos sofrem.
Existem muitas violências.
Existem violências que são imensuráveis.
Imensurável é quando a gente não consegue medir.
Que violência é tão grande e absurda que não podemos medir?
Existem violências indescritíveis.
Indescritível é quando a gente não consegue descrever.
É alguma coisa tão difícil que a gente não encontra palavras para falar e narrar.
Existem violências inimagináveis.
Inimaginável é quando a gente não pode imaginar.
Algumas pessoas e comunidades vivem violências tão cruéis que não podemos imaginar.
A Bienal também quer discutir sobre o tempo.
A Bienal acredita que existem muitas formas de viver o tempo.
O tempo não é somente o tempo do relógio.
O tempo pode ser entendido como movimentos, como desenhos.
O tempo pode ser lento ou rápido.
O tempo voa, pula, dança.
O tempo não é uma linha reta, é espiral.
O tempo das crianças é diferente do tempo dos adultos.
O tempo na floresta é diferente do tempo na cidade.
A Bienal se interessa pelas diferentes possibilidades de viver o tempo.
A Bienal quer falar sobre a criação do possível em um mundo cheio de impossibilidades.
Este é o nosso desenho coreográfico!
Em cada edição da Bienal é criada uma identidade visual.
A identidade visual é uma marca que auxilia as pessoas a reconhecerem a 35ª Bienal.
A identidade visual é alinhada com o título da 35ª Bienal.
Toda a comunicação da 35ª Bienal utiliza a mesma identidade visual.
O site, as redes sociais e os vídeos têm a mesma identidade visual.
A identidade visual desta Bienal vai mudando.
O logo tem movimento e se transforma.
Suas cores e traços mudam.
A identidade visual foi criada pela artista Nontsikelelo Mutiti.
Mutiti nasceu em 1982 no Zimbábue, um país da África.
Ela é artista visual e educadora.
Mutiti tem um compromisso com a valorização da cultura das comunidades negras do passado, presente e futuro.
A artista se inspirou nas tranças feitas em palha pelas comunidades do Zimbábue e também pelas tranças no cabelo das pessoas.
Atualmente, Mutiti é diretora de pós-graduação em design gráfico na Escola de Artes Yale, nos Estados Unidos.
Este é o cartaz que Mutiti criou para a 35ª Bienal de São Paulo:
O site da 35ª Bienal
O site da 35ª Bienal possui vários conteúdos para o público ler e pesquisar.
No site tem:
– Projeto educativo
– Notícias da Bienal
– Apresentação curatorial e institucional
– Lista dos artistas e participantes com informações sobre suas vidas e obras
– Agenda com a programação da Bienal
– Formulário para agendar visitas mediadas
– Material em Linguagem Simples/Leitura Fácil
– Informações sobre a acessibilidade da Bienal
– Audioguias para entender melhor as obras com descrições para quem não consegue vê-las
– Publicações que foram feitas para esta exposição
– Fotos e vídeos da exposição