
Moving Backwards, (No) Time e Les Gayrillères
Obras como Moving Backwards [Mover-se para trás] (2019) e (No) Time [(Não) tempo] (2020) propõem uma experiência imprevisível de tempo, gerando dúvidas sobre o que o começo e o fim do vídeo, a entrada e a saída do enquadramento, ou mesmo se as pessoas estão caminhando para a frente ou para trás. As definições de progresso e retrocesso são desestabilizadas pelas mudanças de ritmos e pausas, desordenando concepções lineares e unidirecionais de tempo.
Na videoinstalação Les Gayrillères [As gayrrilheiras] (2022), performers controlam sua luminosidade com lâmpadas coloridas nas roupas e em várias partes do corpo. Inspirados por As guerrilheiras, romance de Monique Wittig publicado em 1969, os movimentos dessa guerrilha contemporânea poderiam aparecer em clubes noturnos, manifestações de rua e subsolos de museus. Os corpos sabem de seu direito à opacidade, decidindo quando estar em cena ou não.
Frente à tela, também somos convidadas a nos reunir nesta pista de dança e improvisar o estar junto. Como uma recusa a políticas de exclusão e discursos de ódio dirigidos a corpos dissidentes, coreografar arranjos possíveis por meio do prazer e da liberdade.
Pauline Boudry e Renate Lorenz trabalham em Berlim desde 2007, criando instalações audiovisuais que se inspiram na cultura queer1 e na pista de dança como espaço de experimentação de diferentes temporalidades e desejos. Em seus vídeos, coreógrafas e performers de várias formações dançam enquanto inventam modos de se relacionar e exploram práticas de resistência.
Ouça a música da obra (No) Time:
“It’s Lover, Love” (Philip Bader Remix)
Artistas: Aérea Negrot & Philip Bader
Disponível em: https://link.bienal.org.br/itslover
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Pauline Boudry e Renate Lorenz, Moving Backwards [Mover-se para trás], 2019
Still de vídeo. Instalação com HD, 23’.
Coreografia/performance: Julie Cunningham, Werner Hirsch, Latifa Laâbissi, Marbles Jumbo Radio, Nach. Cortesia: Ellen de Bruijne Projects Amsterdam e Marcelle Alix Paris
- Pauline Boudry / Renate Lorenz, Moving Backwards [Mover-se para trás], 2019. Still de vídeo [video still]. Instalação com HD [HD Installation], 23′. Cortesia de [courtesy of] Ellen de Bruijne Projects e [and] Marcelle Alix Paris
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Pauline Boudry e Renate Lorenz, Moving Backwards [Mover-se para trás], 2019
Still de vídeo. Instalação com HD, 23’.
Coreografia/performance: Julie Cunningham, Werner Hirsch, Latifa Laâbissi, Marbles Jumbo Radio, Nach. Cortesia: Ellen de Bruijne Projects Amsterdam e Marcelle Alix Paris
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Pauline Boudry e Renate Lorenz, (No) Time [(Não) tempo], 2020
Still de vídeo. Instalação com HD e 3 persianas, 18’.
Coreografia/performance: Julie Cunningham, Werner Hirsch, Joy Alpuerto Ritter, Aaliyah Thanisha. Cortesia: Ellen de Bruijne Projects Amsterdam e Marcelle Alix Paris
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Pauline Boudry e Renate Lorenz, (No) Time [(Não) tempo], 2020
Still de vídeo. Instalação com HD e 3 persianas, 18’.
Coreografia/performance: Julie Cunningham, Werner Hirsch, Joy Alpuerto Ritter, Aaliyah Thanisha. Cortesia: Ellen de Bruijne Projects Amsterdam e Marcelle Alix Paris
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Pauline Boudry e Renate Lorenz, (No) Time [(Não) tempo], 2020
Still de vídeo. Instalação com HD e 3 persianas, 18’.
Coreografia/performance: Julie Cunningham, Werner Hirsch, Joy Alpuerto Ritter, Aaliyah Thanisha. Cortesia: Ellen de Bruijne Projects Amsterdam e Marcelle Alix Paris
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Pauline Boudry e Renate Lorenz, Les Gayrillères [As gayrrilheiras], 2022
Still de vídeo. Instalação de vídeo em dois canais (projeção e LED), 18’.
Coreografia/performance: Harry Alexander, Julie Cunningham, Werner Hirsch, Nach, Joy Alpuerto Ritter, Aaliyah Tanisha. Cortesia: Ellen de Bruijne Projects Amsterdam e Marcelle Alix Paris
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Pauline Boudry e Renate Lorenz, Les Gayrillères [As gayrrilheiras], 2022
Still de vídeo. Instalação de vídeo em dois canais (projeção e LED), 18’.
Coreografia/performance: Harry Alexander, Julie Cunningham, Werner Hirsch, Nach, Joy Alpuerto Ritter, Aaliyah Tanisha. Cortesia: Ellen de Bruijne Projects Amsterdam e Marcelle Alix Paris
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Pauline Boudry e Renate Lorenz, Les Gayrillères [As gayrrilheiras], 2022
Still de vídeo. Instalação de vídeo em dois canais (projeção e LED), 18’.
Coreografia/performance: Harry Alexander, Julie Cunningham, Werner Hirsch, Nach, Joy Alpuerto Ritter, Aaliyah Tanisha. Cortesia: Ellen de Bruijne Projects Amsterdam e Marcelle Alix Paris
- A palavra queer – que na língua inglesa originalmente significa, de modo pejorativo, estranho, esquisito, peculiar – tem sido adotada nas últimas décadas para abordar questões que, no Brasil, também aparecem circunscritas pelos termos dissidência sexual e diversidade de gênero, principalmente em contextos ligados ao pensamento e aos direitos lgbtqia+. A expressão está em disputa e questionamento por parte de vários agentes que dela se utilizam ou a rejeitam. Um exemplo é o uso do termo “cuir”, derivação latino-americana, que enfatiza questões raciais e de classe em contextos históricos para além da Europa e dos Estados Unidos.