35ª Bienal de São Paulo
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Fundação Bienal e Canal Arte1 estreiam a série Histórias da Bienal

Estreia no Arte1 a série Histórias da Bienal, parceria do canal com a Fundação Bienal de São Paulo, com patrocínio da Bloomberg

Histórias da Bienal estreia na programação do Arte1 no domingo, 3 de setembro, às 21h30. Com seis episódios de 30 minutos cada um, a série reforça o compromisso do canal e da Fundação Bienal de São Paulo com a formação do público. A parceria conta com patrocínio da Bloomberg.

Apresentada por Gisele Kato, a série Histórias da Bienal trata de questões fundamentais da arte que pautam reflexões e produções artísticas no país desde a década de 1950, quando a grande mostra paulistana foi inaugurada. 

Em sintonia com o coletivo curatorial da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, os capítulos de Histórias da Bienal não seguem uma cronologia baseada na noção de tempo criada pela cultura europeia ocidental.

A série divide-se por temas, tratados pela perspectiva de seus protagonistas: artistas e curadores, que participam por meio de registros históricos e/ou entrevistas inéditas. Seus relatos são intercalados por pontuações feitas pela apresentadora da série, que, ao se dirigir diretamente aos espectadores, divide com eles informações e observações extras. 

Segundo José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal, “a série reforça nosso compromisso de levar a arte a diversos públicos, democratizando, informando e destacando que a Bienal de São Paulo é um patrimônio nacional que deve transcender os limites do Pavilhão. Com mais de 70 anos de história da mostra, temos um rico acervo de histórias extraordinárias para compartilhar.”

“A Bloomberg é patrocinadora da Bienal de São Paulo desde 2010 e estamos orgulhosos de expandir a parceria deste ano para incluir uma nova série de vídeos educacionais produzidos com a Arte1”, disse Jemma Read, Chefe Global de Filantropia Corporativa da Bloomberg. “Estamos muito satisfeitos em apoiar os esforços da Bienal para compartilhar sua história e impacto nos últimos 70 anos com um público global.”

A série estará disponível ainda no Youtube da Fundação Bienal de São Paulo e no Arte1Play, o streaming do canal Arte1. O espaço de estudo da Bloomberg dentro da 35ª Bienal de São Paulo também exibirá Histórias da Bienal, que ainda será utilizada pela equipe de educação da Fundação Bienal em ações de difusão. 

Histórias da Bienal 
Estreia: 3 de setembro, às 21h30
Reprises: Terças, 12h30; quartas, 14h30; quintas, 19h, sábados, 19h30 

Confira as sinopses dos seis episódios:

Episódio 1: O Começo de Tudo

No primeiro episódio da série Histórias da Bienal, vamos conhecer as motivações que levaram o empresário Ciccillo Matarazzo a criar a Bienal de São Paulo, em 1951, e entender porque o artista Heitor dos Prazeres, vencedor de um prêmio de pintura nesta primeira edição da mostra, caiu por muito tempo no esquecimento. 

Episódio 2: Arte e Política

Neste episódio da série Histórias da Bienal, vamos refletir sobre momentos em que contextos políticos do Brasil se impuseram de forma mais direta na arte. Os artistas Carmela Gross e Antonio Manuel contam por que decidiram aceitar e recusar, respectivamente, suas participações na 10ª Bienal de São Paulo, em 1969, quando o AI-5 estava em vigor. O artista Éder Oliveira relembra o impacto que sentiu ao pintar os enormes rostos anônimos de homens que foram encarcerados, na 31ª Bienal de São Paulo, em 2014. O artista Yuri Firmeza, que também integrou a 31ª edição, fala dos encontros que enxerga entre poder, religião e política.

Episódio 3: O Poder dos Curadores

O terceiro episódio da série Histórias da Bienal mostra como o papel e a figura do curador vêm mudando ao longo dos anos. A primeira Bienal a ter um curador foi a 16ª, em 1981, com Walter Zanini. Nos anos 90, esse profissional chegou a ser tido como um “todo-poderoso”, capaz de alavancar ou afundar carreiras. Mas, hoje, uma atitude centralizadora faz cada vez menos sentido. Participam do programa: os artistas Carmela Gross e Cildo Meireles, a curadora da 27ª Bienal de São Paulo, Lisette Lagnado, e o coletivo curatorial da 35ª Bienal de São Paulo, com Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel.

Episódio 4: Outras Histórias  

Neste episódio de Histórias da Bienal, vamos abordar como tem crescido a necessidade de se adotar outras narrativas e perspectivas na arte, além da visão ocidental e europeia, até pouco tempo uníssona na história. Os artistas Cildo Meireles e Regina Silveira relembram suas participações na 24ª Bienal de São Paulo, em 1998, que sugeriu o conceito antropofágico como elemento formador da identidade cultural brasileira. A fotógrafa Maureen Bisilliat fala da sala “Xingu Terra”, que ela assinou com o sertanista Orlando Villas Bôas e o cacique Aritana Yawalapiti na 13ª Bienal de São Paulo, em 1975. E os artistas Daiara Tukano e Gustavo Caboco dizem por que a 34ª edição, em 2021, ficou conhecida como a “Bienal dos Índios”, alcunha dada pelo amigo Jaider Esbell. 

Episódio 5: Mais Perguntas, Menos Respostas 

Em 2008, na 28ª Bienal de São Paulo, o 2º andar do Pavilhão da Bienal permaneceu vazio. O gesto dos curadores Ivo Mesquita e Ana Paula Cohen, frente às crises da instituição, entrou para a história como uma abertura a novas possibilidades e um convite a uma pausa necessária. Neste quinto episódio da série Histórias da Bienal, os artistas Maurício Ianês e Carla Zaccagnini falam de suas participações naquela que ficou conhecida como a “Bienal do Vazio”. E os artistas Tatiana Blass e Jonathas de Andrade falam de suas participações na 29ª Bienal de São Paulo, em 2010, que investiu pesado na comunicação com o público.

Episódio 6: coreografias do impossível

O último episódio da série Histórias da Bienal é dedicado à 35ª Bienal de São Paulo, que está aberta no pavilhão do parque do Ibirapuera. Com o título coreografias do impossível, a Bienal deste ano é organizada por um coletivo curatorial composto por Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes, e Manuel Borja-Villel, sem hierarquia entre eles. Os quatro curadores conversam com a gente ao longo do programa, e também os artistas: Ana Pi, Tadáskía, Luana Vitra, Kidlat Tahimik e Daniel Lie. A 35ª Bienal de São Paulo nos convida a uma revisão das estruturas verticais de poder, e nos provoca a imaginar outros mundos possíveis.