35ª Bienal de São Paulo
6 set a 10 dez 2023
Entrada gratuita
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35ª Bienal de
São Paulo
6 set a 10 dez
2023
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Faixa 4

Emanoel Araujo

Emanoel Araujo nasceu em 1940, foi artista plástico, escultor, desenhista, ilustrador, figurinista, gravador, cenógrafo, pintor, curador e museólogo. Baiano, pertencia a uma tradicional família de ourives. Muito jovem, aos 13 anos, mergulhou no universo gráfico como funcionário da Imprensa Oficial de sua cidade.

São da década de 1960 as primeiras participações dele em exposições e sua atuação profissional em museus. Seus anos iniciais em São Paulo resultam em dois projetos de fôlego, que mudariam a paisagem das artes paulistanas — A Mão Afro-Brasileira, exposição realizada em 1988 no MAM, e seus dez anos à frente da Pinacoteca do Estado de São Paulo, de 1992 a 2002. Em 2004, fundou o Museu Afro Brasil, em São Paulo, do qual foi diretor curador até a sua morte em 7 de setembro de 2022.

Sobre a obra de Araujo presente na 35ª Bienal, Horrana de Kássia Santoz nos conta: “Na obra exposta aqui, um monumental relevo, é possível constatar o modo como [o artista] constrói ritmo e movimento, criando peças com dinamismo visual e com uma sensação de fluidez marcante. […] Tais características formais ajudam a definir a estética e a identidade do trabalho de Araujo, posicionando-o como membro da segunda geração construtivista brasileira. Nesta obra se observa o uso da madeira, bem como a abordagem estilística marcada pela geometria.”

Trata-se de uma obra composta por seis painéis quadrados, fixados na parede lado a lado e que ao todo formam uma peça de treze metros de largura por mais de dois  metros de altura. Trata-se de uma obra abstrata, composta por formas geométricas conjugadas. Os painéis são todos brancos e volumétricos, formados por barras triangulares de cerca de quinze centímetros de largura posicionadas na diagonal em diferentes ângulos e direções. Essas barras se cruzam, se sobrepõem e se justapõem formando relevos geométricos. Nesta obra, o artista aproxima-se das vertentes construtivas, reduzindo as figuras a estruturas primárias.