35th Bienal de São Paulo
6 Set to 10 Dec 2023
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35th Bienal de
São Paulo
6 Set to 10 Dec
2023
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Kapwani Kiwanga, pink-blue, 2017
Baker-Miller pink paint, white paint, white fluorescent lights, blue fluorescent lights
Variable dimensions
Exhibition view, "The Artist is Present", Yuz Museum, Shanghai, China, 2018
Courtesy of the artist, Gucci and Goodman Gallery, Cape Town, Johannesburg, London / Galerie Poggi, Paris / Galerie Tanja Wagner, Berlin

Kapwani Kiwanga

Kapwani Kiwanga, pink-blue [rosa-azul], 2017. Tinta rosa Baker-Miller, tinta branca, luzes fluorescentes brancas, luzes fluorescentes azuis. Dimensões variáveis. Vista de exposição na The Power Plant, Toronto (2017). Cortesia da artista e Goodman Gallery, Cidade do Cabo, Joanesburgo, Londres / Galerie Poggi, Paris / Galerie Tanja Wagner, Berlim. Foto: Tony Hafkenscheid

Kapwani Kiwanga é uma artista franco-canadense que vive e trabalha em Paris, França. Com base em uma ampla pesquisa fundamentada em arquivos de histórias esquecidas, a artista fabula/cruza narrativas históricas com a contemporaneidade, em uma multiplicidade de mídias, como escultura, instalação, fotografia, vídeo e performance. 

Kiwanga aborda a realidade que cerca e atravessa a população negra em diáspora e tensiona a normatividade eurocêntrica, reelaborando os sistemas de poder com sua produção artística. Assim, esboça estratégias de saída e coreografias de fuga e de liberdade, convidando o público a observar como as simbologias operam nas estruturas de opressão existentes.

Em pink-blue [rosa-azul] (2017), a artista recria políticas de controle e de vigilância em que as luzes rosa e azul são utilizadas para influenciar o comportamento das pessoas. Pesquisas aplicadas nas celas de presídios demonstraram que o tom de rosa conhecido como Baker-Miller reduz a força muscular e diminui a frequência cardíaca e a respiração dos internos, enquanto as luzes azuladas, neon, utilizadas em banheiros públicos, dificultariam a identificação de veias e, assim, tenderiam a diminuir o uso de drogas intravenosas. A instalação também nos leva a outros campos de discussão, não somente em relação à arquitetura, mas também aos padrões normativos de gênero e sexualidade.